Gosto de pensar que a união entre a consultoria de imagem e a psicologia reproduz o equilíbrio perfeito que também compõe o ato de se vestir.
Nossa imagem é resultado não só das nossas preferências estéticas, das nossas identificações, mas, também dos nossos bloqueios, das nossas questões emocionais.
Podemos nos enxergar com uma lupa, focando nos defeitos, ou nos ver como um todo que somos, soma de imperfeições e potencialidades.
Podemos escolher pautadas por nossas preferências, desejos e objetivos, ou por nossas preocupações acerca do que escapa de imperfeito sobre nós mesmas.
Podemos nos dar o tempo de escolher, de provar, de tentar, ou ainda perder horas e horas todos os dias olhando para um monte de roupas que não fazem o mínimo sentido para nós.
Podemos passar anos evitando se olhar no espelho, quem sabe nem ter espelhos que nos mostrem inteiras, ou parar e de fato se enxergar, se entender e se conhecer.
Sim, a consultoria de imagem começa por entender a nossa relação com a própria imagem.
A nossa imagem é resultado de um mundo de símbolos, identificações, neuras, que vem muito antes dela.
Sem entender isso, não conseguimos acessar a pessoa por trás da imagem, senão superficialmente e corremos o risco de dar o sentido errado para o que vemos.
Como profissional me sinto mais completa podendo entender o que está por trás da imagem e sei o valor que isso traz para quem se aventura comigo.
Não é terapia. Mas bem pode ser terapêutico.