Durante muito tempo eu pensava não ter um estilo bem definido. Talvez por nunca ter me identificado com uma “tribo”, mesmo quando isso fazia algum sentido.
Na verdade, até pouco tempo atrás eu ainda pensava assim.
Não que eu achasse que não me vestisse bem, mas acreditava que, por circular por diferentes estilos, era como se não soubesse bem qual era o meu.
Fato é que muitas pessoas devem se sentir assim também.
Outro dia ouvi a Monica Salgado falar sobre estarmos vivendo a era da coexistência. Realmente, esse movimento na moda vem desde o comecinho dos anos 2000, onde não se fala mais em uma identidade única para cada década, como se falava durante todo século XX. A partir do início do século XXI vemos uma mistura de tribos, estilos e influências. As coisas começam a de fato coexistir, não precisamos mais ser fiéis a uma tribo, a um estilo, podemos usar um pouco de cada, o que faz sentido para nós naquele momento. Não temos mais que escolher entre ser isto ou aquilo, podemos ser isso, aquilo e aquele outro também!
Dentro da consultoria de imagem esse movimento também ganha força, trazendo cada vez mais a ideia de que o vestir é uma ferramenta de comunicação. Usamos as roupas para comunicar, para causar sensações. Quem fala sobre isso com maestria é a Ilana Berenholc, que criou um método muito diferente da consultoria clássica, que tem como foco a comunicação do vestir.
A consultoria vista por esta perspectiva é um processo que vai te dar controle sobre as tuas escolhas. Ela não te restringe, não te define e não escolhe por você. Mas sim, te instrumentaliza, te guia entendendo o que é seu, o que é intrínseco, e o que é sua intenção, para que você possa circular por diversos universos sem perder sua essência, tendo controle sobre o que você quer comunicar com a sua imagem.